Ainda em 2013, o BPI registou uma queda do produto bancário de 21,2% para 1.048,1 milhões de euros e um recuo de 18,4% da margem financeira para 485,1 milhões de euros, que o banco refere ter sido «pressionada pelo custo dos 'CoCo'».
No ano passado, o BPI pagou 84,9 milhões de euros pelos juros das obrigações de capital contingente que o Estado injetou na instituição, as chamadas 'CoCo bonds'. Dos 1500 milhões que o Estado injetou em junho de 2012, restam agora 920 milhões de euros em dívida do Estado, tendo o banco já recomprado os restantes.
Os custos consolidados subiram 1,8% para 650,5 milhões de euros, apesar de ter havido um recuo de 3,8% para 366,8 milhões de euros ao nível dos custos com pessoal.
As provisões e imparidades para crédito cresceram 1,2% para 272,6 milhões de euros.
Este aumento das imparidades contribuiu para o prejuízo apresentado pelo banco no último trimestre do ano passado.
«O aconteceu é que reforçámos muito as imparidades. Vamos entrar no reino da supervisão bancária europeia e existe vantagem em que tudo esteja bem», justificou o banqueiro.
O BPI conta com uma carteira de dívida pública de 7 mil milhões de euros, com a fatia de leão alocada aos títulos de dívida soberana portuguesa (5,2 mil milhões de euros).
Refira-se que o resultado líquido das operações internacionais cresceu 10% em termos homólogos, de 86,5 milhões de euros em 2012 para 95,2 milhões de euros em 2013.
Em sentido inverso, ao nível doméstico, o banco inverteu de um resultado líquido positivo de 162,6 milhões de euros em 2012 para um prejuízo de 28,3 milhões de euros.