Medidas para ajuda a famílias carenciadas com poucos efeitos

As medidas anunciadas por José Sócrates para a ajuda das famílias mais carenciadas não terão grandes efeitos, diz o jornal Público. Este jornal lembra que muitas famílias carenciadas já não pagam IRS e que a redução do IMI não lhes servirá de muito.

As medidas anunciadas pelo primeiro-ministro José Sócrates para ajudar as famílias carenciadas a enfrentar a crise não terão grandes efeitos, revelam contas feitas pelo jornal Público.

Segundo os últimos dados estatísticos do IRS, relativos a 2006, em média, as famílias com menores rendimentos já não pagam o imposto, uma conclusão que surge da análise dos três escalões mais baixos do IRS, que incluem 2,5 milhões de famílias.

Uma família com um rendimento bruto anual de cinco mil euros, o que dá pouco mais 350 euros mensais, não poupará mais do que 15 euros por ano com a aplicação das medidas anunciadas por Sócrates.

Quando se fala nos rendimentos até dez mil euros, a poupança não chega aos 50 euros, ao passo que no escalão até aos 13 mil euros, a poupança nunca ultrapassará os 175 euros anuais.

No que toca à redução do Imposto Municipal de Imóveis, esta descida também não será relevante, já que a lei já isenta as famílias com rendimentos anuais inferiores a dez mil euros brutos e cuja casa não tenha um valor patrimonial superior a 50 mil euros.

As habitações que valem menos de 157500 euros têm isenção durante seis anos e as que vão até cerca dos 250 mil euros têm uma isenção de três anos, valores que, em muitos casos, já nem estão ao alcance das famílias com menos rendimentos.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de