Mário Centeno adianta que as alterações aos estatutos dos gestores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi o primeiro passo para um processo que termina com a injeção de capital no banco, mas tudo vai depender do novo conselho de administração.
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A jornalista Raquel de Melo registou as declarações do ministro Mário Centeno
O objetivo é colocar a CGD nas mesmas condições concorrenciais que os bancos privados. Mário Centeno garante que com as mudanças previstas, os administradores do banco deixam de ganhar em função da atividade dos últimos três anos e passam a ser remunerados de uma forma mais justa.
Quanto à dimensão do conselho de administração da Caixa - com 19 administradores, sete dos quais executivos - o ministro das Finanças lembra que é inferior por exemplo ao do BPI ou do BCP.
Mário Centeno sublinha que o objetivo é ter um banco robusto, com um plano de negócios que lhe permita regressar aos lucros logo que possível.
Quanto à recapitalização da Caixa, Centeno não se compromete com os tais 4 mil milhões de que se fala e diz que tudo vai depender do plano de negócios do novo conselho de administração.
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Sobre o futuro dos trabalhadores da CGD, o ministro adianta que o plano de reestruturação a decorrer implica alterações no posicionamento estratégico do banco a nível nacional e internacional e os salários vão deixar de ser equiparados aos da função pública.
Sem adiantar números sobre fecho de balcões ou saída de trabalhadores, Mário Centeno também não acredita que o regresso aos lucros da Caixa possa ocorrer ainda este ano.