As perspectivas de crescimento económico e da produtividade são débeis e, acrescenta a agência de rating, não deverão melhorar a curto prazo, pelo menos enquanto as reformas laborais no mercado laboral e no sistema de justiça não começarem a dar frutos.
A agência de notação financeira aponta ainda como factor de risco a eventualidade de o Governo ter de apoiar no futuro o sector bancário e as empresas do sector empresarial do Estado. Segundo a Moody's, estas empresas estão incapazes de aceder aos mercados de capitais.
Outra razão para baixar o rating da dívida portuguesa está relacionada com as condições de mercado que levaram ao agravamento dos juros e representam uma ameaça à sustentabilidade da dívida.
A Moody's admite que um eventual recurso ao fundo de estabilização europeu pode reduzir os custos do financiamento, mas nesse caso surgirão dúvidas sobre quando é que o país estará em condições de regressar ao mercado de capitais em e em que termos.