É uma descida de um nível, passando assim de A3 para BAA 1, o que deixa Portugal três patamares acima da categoria "lixo".
Depois da Fitch e da Standard&Poor's, esta terça-feira foi a vez da Moody's anunciar que reduziu, em um nível, a notação financeira de Portugal.
A agência de notação avisa, no entanto, que o rating de Portugal mantem-se sob vigilância negativa, o que poderá significar um novo corte no curto prazo.
Em comunicado, a Moody's justifica a revisão em baixa com «as incertezas políticas, orçamentais e económicas» do país, sublinhando que só não descerá mais o rating se Portugal «garantir fontes sustentáveis de financiamento a médio prazo» e «as instituições políticas mantiverem o objectivo de consolidação orçamental e reformas estruturais».
A Moody's refere ainda que as incertezas em Portugal «aumentam o risco de o Governo não ser capaz de alcançar a redução do défice fixado no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para o período 2011-2014, nem de tornar sustentáveis as finanças do país».
Para além disso, é referido no documento que o rating ficou em BAA 1 e não desceu mais porque a Moody's acredita que se Portugal precisar de financiamento imediato, ele será fornecido pelos outros países membros da zona Euro, salvaguardando alguma demora na disponibilização dos dinheiros do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
A Mody's acredita que o novo Governo, que sairá das eleições de Junho, encarará a ajuda do Fundo como um assunto urgente.
Ainda de acordo com a nota explicativa da agência, para além do rating da dívida a longo prazo também o da dívida de curto prazo poderá sofrer uma revisão em baixa.
