No espaço de comentário semanal na TSF, "A Opinião", Francisco Louçã afirmou que o único fator que tem protegido o nível dos salários é o aumento do salário mínimo nacional, que "empurra os salários que estão em baixo".
"Há uma degradação geral do nível salarial", constatou o economista.
"A Opinião" de Francisco Louçã na TSF
O antigo líder do Bloco de Esquerda considera que existe uma "grande aproximação entre os salários muito baixos dos novos contratos não permanentes, que em média são 777 euros, e os novos contratos permanentes, que são 837 euros", notou Francisco Louçã.
Francisco Louçã está ainda preocupado com o crescente tipo de contratação que está a ser feita: "Dos novos contratos afirmados, 43% são permanentes, 37,5% são contratos a prazo. Mas depois aparece um número ainda mais preocupante: é que 20%, um quinto dos empregos criados, são de outras formas que nem são contratos permanentes nem contratos a prazo".
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O economista subscreve o alerta deixado esta sexta-feira, pelo Barómetro das Crises. O estudo coordenado pelo antigo líder da CGTP, Carvalho da Silva, conclui que a retoma económica está a criar um lastro de precariedade, com a redução do peso dos contratos permanentes no setor privado e a degradação dos salários.