Chama-se Flow.Me e é o culminar de um ciclo de trabalho de 10 anos, envolvendo vários sectores de atividade, desde o automóvel à aeronáutica e sistemas inteligentes de mobilidade.
Este primeiro carro-drone irá ser testado numa primeira fase em processos logísticos em zonas industriais para, no futuro, poder estar associado ao transporte de pessoas em serviços de sharing e on-demand nas cidades.
O projeto representa a ambição da engenharia portuguesa no futuro da mobilidade, proposto pelo CEiiA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto.
O Flow.me resulta da integração de um carro autónomo com um drone, sendo capaz de andar em estrada ou pelo ar, consoante a conveniência, cruzando know-how dos diversos sectores envolvidos, uma vez que o veículo pode ter, por exemplo, um sistema de locomoção rodoviário - com rodas - e um sistema aéreo - um drone - que são acoplados a um mesmo habitáculo em diferentes momentos.
O percurso do CEiiA começou há 15 anos em torno do veículo elétrico interativo, que hoje passou de tendência a realidade. Mais tarde, há cerca de 10 anos, o CEiiA criou a unidade de aeronáutica e abraçou o desafio de participar em dois dos projetos mais exigentes desenvolvidos neste sector: o AW 609 da Leonardo e o KC390 da Embraer, tendo sido colocada pela primeira vez a bandeira nacional num projeto aeronáutico à escala global.
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Recentemente, o Centro de Engenharia começou a trabalhar num conceito de mobilidade conectada, integrada e sustentável, desenvolvendo a plataforma mobi.me - hoje uma referência mundial na gestão da mobilidade em mais de 70 cidades a nível mundial.
Este projeto conta com um investimento global estimado de 18 milhões de euros e está a ser desenvolvido em parceria com entidades brasileiras e empresas portuguesas especializadas nos setores automóvel e aeronáutico.
A fase de testes com protótipo funcional em ambiente reservado está prevista para a primeira metade de 2019.