Em 2013 a tributação efetiva sobre os rendimentos do trabalho em Portugal aumentou, em média, 3,54%. É o maior crescimento de entre todos os 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
A conclusão consta de um estudo sobre a taxação do trabalho publicado nesta sexta-feira pela instituição, que incluiu nas contas o IRS e as contribuições (de trabalhadores e empresas) para a Segurança Social.
O documento mostra que Portugal é o 12º Estado que mais tributa o trabalho, conseguindo encaixar 41,1% do rendimento de cada trabalhador, acima da média da OCDE (35,9%). Em 2010 o país ocupava a 17ª posição do ranking.
O aumento médio de 3,54% é calculado para um trabalhador sem filhos, mas para um casal com dois filhos Portugal também está no topo da lista: nesse caso a taxação cresceu 1,9%, valor igualado apenas pela Nova Zelândia.
Em média, os 34 países aumentaram a tributação sobre o trabalho em 0,2%.
A Holanda está no extremos oposto: com uma queda média de 1,78%, foi o país que mais reduziu a carga fiscal.
A OCDE conclui também que em 2013 o salário médio mensal antes de impostos se situou um pouco abaixo dos 1240 euros mensais, 20 euros acima do valor de 2012. A organização não se refere ao salário líquido médio, que diminuiu por via do aumento de impostos decidido por Vítor Gaspar.
Em Outubro de 2012 o antigo ministro das Finanças anunciava uma sobretaxa de 4% no IRS (que viria a ser reduzida para 3,5%) e um reescalonamento do imposto.