PCP propõe venda de 20% de títulos de instituições para comprar dívida

O PCP propôs a venda de 20 por cento dos títulos e obrigações no estrangeiro de instituições públicas para comprar dívida pública, a fim de responder ao «momento de sufoco».

Esta é uma proposta que o PCP defende para fazer face aos juros que vencem a curto prazo, mas que, segundo o líder comunista, Jerónimo de Sousa, «não resolve» o problema da dívida pública portuguesa.

«Bastaria a venda de 20 por cento dos títulos e obrigações [de instituições públicas no estrangeiro] e a compra da dívida pública portuguesa para desatarmos e aliviarmos esta corda que se coloca neste momento», defendeu o secretário-geral do PCP, em conferência de imprensa destinada a apresentar as propostas do partido para enfrentar o endividamento externo do país.

Jerónimo de Sousa referiu como exemplo os fundos da CGD, de financiamento da Segurança Social e de pensões do Banco de Portugal, adiantando que o montante total desses títulos e obrigações ronda os 55 mil milhões de euros.

«Não é a solução dos problemas nacionais, mas assim podíamos, neste momento de sufoco, encontrar um alívio», sustentou Jerónimo de Sousa.

Esta medida, acrescentou, não implicaria «condições nem intermediações», demarcando-se assim da proposta do Bloco de Esquerda para um empréstimo a curto prazo ao Banco Central Europeu, questionando que condições tal implicaria.

O dirigente comunista insistiu na recusa da intervenção externa no país, reiterando que «deveria ser uma ajuda e não uma ameaça ou a imposição de condições draconianas».

Outras medidas defendidas pelo PCP passam pela diversificação das fontes de financiamento, através da emissão de certificados de aforro e tesouro e incentivos à poupança nacional, e das relações comerciais, além da defesa da produção nacional, de forma a «produzir cada vez mais para dever cada vez menos».

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