«Nós achamos que esta é uma situação muito grave porque indicia prática de crimes de concorrência na campanha do dia de ontem [terça-feira] mas também levanta problemas muito graves sobre o funcionamento da concorrência, o ministro da Economia tem de tomar uma posição sobre o assunto», afirmou a deputada do BE Catarina Martins.
Para além das penalizações a aplicar ao grupo Jerónimo Martins caso se confirmem violações da lei da concorrência, a deputada defendeu que «é necessário uma ação do ponto de vista político maior para parar com este tipo de práticas» que «prejudicam também os consumidores».
«Ou o Pingo Doce vendeu abaixo do custo ou temos que acreditar que nos outros dias do ano tem margens de lucro de 50 por cento», disse.
O BE requereu ainda a audição da ministra da Agricultura, Assunção Cristas, para que a governante explique em que ponto está o processo de «regulação das relações da grande distribuição com os fornecedores».
«Temos denúncias de que a grande distribuição passa para os fornecedores parte dos custos destas campanhas, abusando da sua posição contratual», referiu a deputada.
Catarina Martins criticou ainda a campanha promovida pelo Pingo Doce no feriado 1º de maio observando que o grupo Jerónimo Martins «pôs em perigo os seus trabalhadores e consumidores durante o dia de ontem como se viu pelos relatos da PSP».