O líder do CDS-PP criticou o facto de o primeiro-ministro não ter informado previamente o Presidente da República sobre as medidas de austeridades anunciadas esta sexta-feira e acusou José Sócrates de ter demonstrado «falta de maturidade».
Paulo Portas explicou que uma situação destas nunca aconteceria consigo, pois nunca confundiu «divergências políticas com incumprimento do que acho que são obrigações institucionais».
«O país está numa situação dificílima, os nossos juros estão a oito por cento, o Governo apresenta um PEC 5, o Presidente da República acabou de tomar posse. É um órgão de soberania e o Governo não lhe diz e informa?», perguntou.
Paulo Portas adiantou que não tem a certeza de que este comportamento «revele maturidade». «Acho que o país aprecia e agradece maturidade e institucionalismo nos momentos mais difíceis», sublinhou.
A propósito deste pacote de austeridade, o líder dos democratas-cristãos anunciou ainda um conjunto de 15 perguntas que quer fazer ao Governo, entre as quais estão as medidas que o Executivo quer aplicar para o corte da despesa.
«Qual é o impacto no poder de compra das pessoas mais pobres em Portugal, que são os reformados da pensão mínima, social e rural, do congelamento de pensões durante três anos?» é outras das perguntas que Portas quer fazer ao Governo.