Em conferência de imprensa na sede do CDS-PP, Paulo Portas considerou que José Sócrates «está cada vez mais isolado» face aos parceiros europeus e face aos EUA, que utilizaram a via fiscal para combater a crise económica, e criticou a atitude «dogmática e inflexível» do primeiro-ministro.
«Depois de Espanha, França, Inglaterra, Alemanha e EUA já terem feito redução de impostos, eu acho que o primeiro-ministro está cada vez mais isolado», acusou.
Para o líder do CDS-PP, a redução da carga fiscal, para ter efeitos em 2009, deve passar em primeiro lugar por «uma devolução fiscal incidindo sobre os rendimentos médios e mais baixos» e sobre as pequenas e médias empresas.
Reduzir as retenções na fonte e antecipar os prazos de reembolso do IRS são outras medidas defendidas por Portas, que propôs, «se necessário e em alternativa» o pagamento do IRS a prestações.
Para Paulo Portas, aquelas medidas constituem «um necessário estimulo» à economia, ao devolver poder de compra à classe média e ao ajudar as pequenas e médias empresas a resolver os seus problemas de tesouraria e a manter os postos de trabalho.
No entanto, o líder do CDS-PP defendeu que «um plano de estímulo fiscal» deve «ir mais longe» e propôs a redução em 2009 do pagamento por conta e do pagamento especial por conta.