A Fitch acredita que estes são os países periféricos da zona euro com maior potencial para, no médio prazo, conseguirem subidas de mais de um nível nos seus "ratings", que caíram mais durante a crise, comparativamente com a Itália e a Eslovénia, e registaram menos danos e riscos negativos do que Chipre e a Grécia.
A agência refere, no entanto, não prever que qualquer um destes países consiga recuperar as classificações das suas dívidas soberanas para níveis pré-crise num futuro previsível. Isto reflete não só a trajetória longa e difícil de ajustamento que têm pela frente, mas também o legado da crise», considera.
Em abril, a Fitch atualizou a perspetiva de Portugal, passando-a de "negativa" para "'positiva", mas manteve o "rating" do país em "BB+".
Apesar de classificar o risco de pagamento da dívida de Portugal como "BB+", ou seja, no primeiro nível em que deixa de aconselhar investimento, a Fitch admitia rever a nota para um nível positivo «em breve», sendo que, de acordo com o calendário da agência de notação financeira, apresentado na ocasião, a próxima atualização do 'rating' de Portugal está agendada para 10 de outubro.
De acordo com a nota da Fitch, a recuperação dos "ratings" de algumas economias da periferia da zona euro será possível num cenário de retoma da economia e descida dos rácios de dívida.
No entanto, a agência refere que será «cautelosa» em relação às perspetivas de médio prazo na zona euro, uma vez que «muitos países enfrentam um longo período de convalescença e risco de recaída».