Falando à saída de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas, Vítor Gaspar disse que sublinhou, perante os seus homólogos, o facto de Portugal ser um país «que cumpriu e que cumpre» os seus compromissos do programa de ajustamento, e que a «forte capacidade de execução» permite que o país esteja agora «prestes a poder realizar emissões no mercado primário de obrigações».
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Todavia, realçou, a sustentabilidade do acesso pleno ao mercado de obrigações «é tornado mais difícil para o caso português» dado que Portugal enfrenta «uma concentração de pagamentos muito considerável nos anos de 2014, 2015 e 2016», pelo que «é importante» que as autoridades portuguesas possam contar com o apoio dos seus parceiros europeus «de forma a diluir e diferir esses compromissos ao longo do tempo», cumprindo-se assim o compromisso assumido pelos líderes da zona euro em 2011, de facilitar o regresso de Irlanda e Portugal aos mercados desde que a condicionalidade dos programas fosse respeitada, recordou.
O presidente cessante do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, assegura que os problemas que resultam de um alargamento do prazo serão estudados.
«A Comissão Europeia vai examinar [...] todos os problemas relacionados com a extensão das maturidades a Portugal», afirmou Juncker, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião dos ministros das Finanças da zona euro.
Já Olli Rehn promete ajudar Portugal e a Irlanda no regresso aos mercados.
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