Presidente do Banco Mundial pede a G20 para colocar alimentação no topo das prioridades

Robert Zoellick lembrou que os preços altos dos alimentos ameaçam os mais pobres e que se estes continuarem a subir mais dez milhões de pessoas vão cair na pobreza extrema.

O presidente do Banco Mundial pediu aos países ricos e emergentes do G20 para colocarem no topo das prioridades a questão da alimentação para que se possível evitar situações de instabilidade nos países mais pobres.

Apesar de considerar que a crise actual está a ser ultrapassada, Robert Zoellick entende que os preços altos e voláteis dos alimentos continuam a ameaçar os mais pobres.

«Estamos num ponto-chave no preço dos alimentos. Eles estão 36 por cento acima de há um ano e mantêm próximos do pico de 2008», explicou este responsável do Banco Mundial, em Washington.

Zoellick adiantou ainda que «desde Junho do ano passado, 44 milhões de pessoas ficaram pobres e se o preço dos alimentos subir mais dez por cento, ou seja, outros dez milhões vão cair na pobreza extrema e viverão com menos de um euro por dia».

O presidente do Banco Mundial lembrou ainda que problemas na alimentação levam à agitação social e recordou que são os países do Terceiro Mundo os mais susceptíveis de serem afectados por uma crise na produção de alimentos.

«Dados de 46 países, de 2007 a 2010, sugerem que, comparados com países mais ricos, os países com menores rendimentos sofreram um maior aumento no preço dos bens alimentares particularmente quando há um pico nos preços», acrescentou.

Depois de citar estes dados que constam de um relatório recente do Banco Mundial, Zoellick concluiu que estamos «na zona de perigo» e frisou a necessidade de se estar «alerta para subidas rápidas dos preços».

«Isso vai fazer pressão sobre os mais vulneráveis. Ao mesmo tempo, temos de aumentar a produção e isso pode criar oportunidades nos países mais pobres», instou.

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