O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Silva Peneda, considerou hoje positivo o facto de o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter admitido esta manhã a necessidade de flexibilizar as metas em 2014.
«Propusemos isso no nosso parecer, é uma das nossas propostas. Já o tínhamos feito aquando do Orçamento do Estado (OE) 2013. Entendemos que seria um meio adequado de negociação com a 'troika' facilitar as amortizações [dos juros do empréstimo a Portugal]», disse Silva Peneda aos jornalistas à margem da conferência 'Consensus e Reforma Institucional', a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Esta manhã, no debate quinzenal, Pedro Passos Coelho afirmou que não há qualquer folga nas medidas enviadas à 'troika' e admitiu que pode vir a ser preciso uma nova flexibilização das metas em 2014.
À margem da Conferência, Silva Peneda aceitou também comentar o episódio da saída prematura do ministro Poiares Maduro da primeira reunião da concertação na qual participou
Silva Peneda diz que a concertação social tem «dias muito bons» e outros «um bocado sombrios» mas desvaloriza o «episódio» dizendo que não se vai ««transformar isso num desastre da concertação social e um fator impeditivo de continuarmos a trabalhar na busca de compromissos».