"Previsões são previsões, vamos continuar a trabalhar para que as coisas cheguem ao final do ano no ponto certo. É para isso que temos estado a trabalhar. Vejo que mesmo nestas previsões pessimistas, as mais pessimistas colocam sempre o défice abaixo dos 3%", afirmou António Costa.
Relacionados
Recapitalização da CGD pode elevar défice "acima dos 3%"
Passos pede ao Governo que corrija "pelo menos a política económica"
O jornalista Paulo Tavares dá conta da reação do primeiro-ministro aos números da OCDE
Questionado se o Governo admite rever as metas para o crescimento da economia, o primeiro-ministro disse que "o que o Governo não põe em questão é rever os objetivos" de trabalhar no Programa Nacional de Reformas e "trabalhar no que é essencial".
"Previsões são previsões, um dia são melhores, outros dias são piores. Nós temos é que trabalhar para que em vez de vivermos angustiados com as previsões de cada dia possamos ter confiança no futuro", disse.
Nas previsões económicas divulgadas hoje, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) piorou a sua estimativa para o défice de Portugal, esperando agora que atinja os 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, quando em novembro antecipava um défice de 2,8%.
Perante a insistência dos jornalistas face a estas previsões, António Costa defendeu que o Governo não se distrai dos "trabalhos de fundo" com as notícias sobre previsões "que vão saindo dia a dia".
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Marcelo e Merkel
O primeiro-ministro afirmou ainda ver "com satisfação que a senhora Merkel confortou o Presidente da República naquilo que tem sido a mensagem que o Governo tem transmitido ao senhor presidente da República no âmbito das competências que temos na condução da política europeia e do trabalho que vamos fazendo para que não se cometa uma nova injustiça a Portugal".
António Costa comenta o resultado da visita do presidente da República à Alemanha e sublinha que seria injusto aplicar sanções a Portugal quando o défice ficará abaixo dos 3%
António Costa sublinhou que "seria muito injusto" e sobretudo no ano em que "todos, até a OCDE, reconhecem que o défice vai ficar abaixo dos 3%" que Portugal fosse punido depois de "tudo o que [o país] passou ao longo de quatro anos".
"Depois de terem elogiado tanto as políticas erradas que foram seguidas nos últimos quatro anos e quando se verifica que os resultados alcançados não são bons agora é que vem punir Portugal? Isso seria muito injusto e sobretudo no ano em que todos, até a OCDE, reconhece que o défice vai ficar abaixo dos 3%", considerou.