Santa Casa no Montepio. Um negócio ruinoso e o silêncio inexplicável de Marcelo

Na "Opinião da TSF", Bagão Félix criticou os partidos políticos, o Governo e o Presidente da República pelo silêncio sobre a possível entrada da Santa Casa da Misericórdia no capital do Montepio.

Bagão Félix acusa o governo de lavar as mãos e não consegue perceber o silêncio ensurdecedor depois de, nos últimos tempos, ter sido apontado um investimento da Santa Casa da Misericórdia no Montepio que pode chegar aos 200 milhões de euros. O negócio não tem sido, no entanto, motivo de discussão pública.

"O assunto está dormente, poucas pessoas falam sobre isto e torna-se irreversível", afirmou Bagão Félix, classificando como "inexplicável" o silêncio do Governo, dos partidos políticos e também do Presidente da República.

"O Presidente da República tem exercido a sua magistratura de influência de uma maneira bastante ativa. (...) Gostaria também de ouvir a sua presença nesta questão, que é muito sui generis", disse.

No comentário semanal no programa da TSF "A Opinião", o antigo ministro da Segurança Social sublinha que, a concretizar-se, a entrada da Santa Casa no Montepio seria "potencialmente ruinosa".

"Estamos a falar de 200 milhões de euros, não é uma minudência na vida da misericórdia de Lisboa, é uma concentração de risco muito elevada, brutal e desaconselhável", alegou.

Para Bagão Félix, há ainda outro problema relativo à operação noticiada. "A Misericórdia ficará com 10% do capital. Ora, se paga 200 milhões por 10%, significa que, em tese, o valor total do banco corresponderia a 2 mil milhões de euros, o que, evidentemente, não é verdade", concluiu.

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