Nas páginas do jornal Público, Paulo Campos afirma que as contas da empresa nunca gozaram de tão boa saúde e para o justificar, compara o resultado líquido negativo de 2005 (4 milhões de euros) aos 74,5 milhões de resultado positivo, de 2009.
Para o secretário de Estado, os números são exemplares e provam que, com a reestruturação, a Estradas de Portugal passou dos prejuízos aos bons resultados.
No que ao endividamento diz respeito (e que este ano deve chegar aos dois mil milhões de euros), Paulo Campos defende que qualquer empresa que está a investir tem de se endividar.
O importante - salienta - é perceber se os activos e o investimento geram receita suficiente para saldar a dívida. Acredita que assim será com a Estradas de Portugal que está a fazer um grande esforço financeiro, mas terá com as portagens uma receita suficiente para satisfazer os encargos da dívida.
O problema é que essa contabilidade positiva foi feita a 75 anos e, no imediato, a Estradas de Portugal está a pedir dinheiro emprestado para pagar as rendas das SCUT. Nada que preocupe demasiado Paulo Campos que garante que, assim que as primeiras concessões comecem a reverter para a Estradas de Portugal todo o endividamento ficará a zero.