TAP cria cargo de diretor-geral na Madeira para "dar a cara" perante as adversidades

"Cancelamentos por mau tempo e cancelamentos que são responsabilidade da TAP" são alguns dos problemas pelos quais o novo diretor-geral tem de "dar a cara".

A TAP decidiu criar o cargo de diretor-geral para a Madeira, na sequência dos sucessivos cancelamentos de voos que afetaram as ligações no verão passado, revelou esta segunda-feira o administrador não executivo da companhia Bernardo Trindade.

"Foi decidida a criação do diretor-geral da TAP na Madeira, baseado no aeroporto e com o objetivo de dar a cara e responder perante as adversidades que muitas vezes resultam da atividade da companhia, designadamente os cancelamentos por mau tempo e os cancelamentos que são responsabilidade da TAP", disse Bernardo Trindade.

O responsável, que é natural da Madeira e integra o conselho de administração por indicação do Governo da República, fez estas declarações na Assembleia Legislativa, onde foi ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito à Política de Gestão da TAP em relação à Madeira.

"Situação [na TAP] agora está melhor", afirmou Bernardo Trindade, destacando o aumento da frota e de pilotos como fatores para a normalização das viagens nesta rota, sublinhando ainda a importância da figura do diretor-geral no que toca ao tratamento das "contingências que estão relacionadas com o serviço da companhia".

O responsável vincou, por outro lado, que formalmente não é representante da Madeira no conselho de Administração da TAP, nem isso seria possível, mas indicou que a região autónoma é a "mais falada" nas reuniões daquele órgão.

"E é falada porque merece ser falada", afirmou, realçando que "é a região do país que mais depende da mobilidade para assegurar o seu desenvolvimento".

Bernardo Trindade reafirmou que o preço médio da tarifa para a Madeira é de 101 euros, tal como indicou na mesma comissão de inquérito o presidente da TAP, Antonoaldo Neves, rebatendo assim os dados apresentados pelo PSD, que referem valores na ordem dos 300 euros ida e volta.

O administrador não executivo realçou que a entrada de uma terceira companhia na rota - atualmente os voos regulares são operados pela TAP e easyJet - é "fundamental" para fazer baixar o preço dos bilhetes, que, segundo disse, estão também condicionados pelo subsídio de mobilidade em vigor.

Bernardo Trindade explicou ainda que a TAP disponibiliza atualmente um milhão de lugares para a Madeira, mais 211 mil do que no ano anterior.

Contudo, ao ser confrontado com o facto de a companhia praticar preços 45% superiores aos da easyJet, que disponibiliza dez vezes menos lugares, afirmou que tal se deve uma "estrutura de despesas diferente" entre as duas empresas.

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