Tem de entregar o IRS por via eletrónica? Não se preocupe

O fim das declarações de IRS em papel, que o Ministério das Finanças decretou em portaria, não deixa antecipar constrangimentos maiores nos serviços das finanças.

Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, acredita que o sistema informático estará apto para a entrega das declarações de IRS de todos os contribuintes, depois de ter resistido ao último ano.

"O ano passado foi o ano de maior impacto desta medida. Foi o ano em que o maior número de contribuintes foi obrigado a entregar a declaração por via eletrónica", contou, "o sistema deu um grande salto no número de contribuintes que abarcou e nós estávamos à espera que houvesse momentos de tensão que fizessem o sistema ir abaixo".

"Surpreendentemente, o sistema funcionou de facto muito bem, muito melhor do que estávamos à espera", confessou à TSF.

Paulo Ralha nota ainda que a entrega das declarações por via automática tornou os reembolsos "muito mais rápidos".

Paulo Ralha divide em dois grupos os contribuintes que até agora ainda usavam a declaração de papel: os contribuintes que têm IRS a pagar (que aproveitavam o facto de a entrega em papel atrasar o momento desse pagamento) e os contribuintes com pouca literacia informática, essencialmente população mais idosa.

"Estamos a falar de dois nichos que não provocarão, em termos de liquidações e em termos de reembolsos, quaisquer constrangimentos", declarou o representante dos trabalhadores dos impostos.

Para aqueles que têm resistido à declaração de IRS eletrónica, Paulo Ralha deixa alguns conselhos: "Peçam ajuda nos serviços de Finanças, os trabalhadores estão lá para os ajudar e têm meios para isso". Em alternativa, os contribuintes podem também deslocar-se à sua junta de freguesia. "Grande parte das juntas de freguesia já tem experiência na recolha e introdução destes elementos no sistema informático", informou.

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