O diretor-geral da Colt Resources já disse à TSF que os resultados são muito melhores do que o esperado.
Em comunicado, a empresa anuncia já ter recebido os resultados analíticos finais correspondentes a amostras das sete sondas de perfuração instaladas naquela zona alentejana.
A Colt Resources, através de uma "joint-venture" com a Iberian Resources, assinou com o Governo português um acordo para a concessão experimental de ouro nas freguesias de Santiago do Escoural (Montemor-o-Novo) e de Nossa Senhora da Boa-Fé (Évora).
Já em maio, o Chief Executive Officer (CEO) da Colt Resources, Nikolas Perrault, tinha realçado que as perfurações na Boa-Fé estavam a detetar «mineralizações de alto teor» de ouro, admitindo que a extração industrial poderá vir a arrancar em 2014.
No comunicado agora divulgado, Nikolas Perrault afiança que, atendendo aos resultados analíticos finais, as perfurações na Boa-Fé «continuam a fornecer teores de ouro impressionantes, perto da superfície».
«Estes dados serão incluídos na estimativa inicial de recursos do projeto, que deverá ficar concluída até final do mês», referiu.
O CEO da Colt adianta ainda que, devido à «confiança» da empresa no «potencial regional» de ouro, foi iniciada «a campanha de exploração alargada na concessão de Montemor-o-Novo», que possui um total de 47 quilómetros quadrados e integra a licença na zona da Boa-Fé.
Os «resultados iniciais» desta campanha na serra de Monfurado, que vai incorporar dados geofísicos recebidos recentemente pela empresa, «têm sido positivos», destacou o responsável.
Os trabalhos, assegurou, vão prosseguir com a realização de perfurações mais profundas para «testar a extensão de depósitos [minerais de ouro] conhecidos».
Além disso, a empresa garante, no comunicado, que vai continuar com a «fase avançada» da sua «campanha de exploração» na Boa-Fé, com várias perfurações.
O acordo com o Governo português, para a concessão experimental de ouro nas duas freguesias alentejanas, foi assinado em novembro passado, num investimento previsto de três milhões de euros, durante três anos.
A perfuração na Boa-Fé está a decorrer «desde dezembro», disse à Lusa Nikolas Perrault, frisando que o projeto «tem vindo a exceder as expetativas» e que a empresa está «cada vez mais confiante» de que «é viável» a exploração industrial de ouro no Alentejo.
A TSF tentou, sem sucesso, falar com o Ministério da Economia.