Este valor foi apontado pela "troika", depois da primeira actualização do acordo de entendimento.
O objectivo é preencher a lacuna decorrente das insuficiências em 2011, isto é, compensar a diferença do desvio na contas deste ano.
De acordo com a primeira actualização do Memorando de Entendimento, divulgada esta terça-feira no site do Ministério das Finanças, aos três por cento do Produto Interno Bruto (PIB) já definidos, juntam-se 0,6 por cento, um valor conseguido através de medidas adicionais, principalmente do lado da despesa.
Melhorar o funcionamento na administração central, eliminando redundâncias, aumentar a eficiência, reduzir e eliminar serviços que não representam um custo-benefício para uso do dinheiro público são algumas das medidas, que deverão traduzir-se numa poupança de 500 milhões de euros.
Numa carta enviada à directora-geral do FMI, Christine Lagarde, o ministro das Finanças deixou claro que está pronto para agir. Vítor Gaspar quer manter uma política de diálogo estreito com o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE).
A "troika" define outra meta: quer que o governo português alcance um défice que não ultrapasse os 7,654 milhões de euros no final do próximo ano.
Junta-se um voto de confiança. A missão técnica internacional acredita que Portugal vai implementar rigorosamente o Orçamento do Estado para 2012.
As recomendações da "troika" deverão ser seguidas. Um plano detalhado dos cortes vai ser apresentado já no primeiro trimestre do próximo ano e depois sujeito a uma avaliação.