Autarquia está a fazer o mapeamento de produtores e vendedores de produtos locais. Selo "#100% Góis" vai divulgar os produtos nas redes sociais.
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A Câmara Municipal de Góis vai fazer um mapeamento de produtores e vendedores de produtos locais para criar a campanha "#100% Góis". Numa primeira fase a autarquia vai perceber "quais são os produtores do concelho, que tipo de produtos são efetuados e de que forma podem ser promovidos", explica Fátima Gonçalves, responsável pelo projeto.
O objetivo é a promoção "dos produtos endógenos, do comércio local e das tradições", numa lógica de proximidade que possibilite o consumo local, responsável e sustentável. A campanha, que tem como base circuitos curtos de produção e distribuição, faz parte do Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na Região Centro, dinamizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.
Fátima Gonçalves adianta que o selo 100% Góis vai ser atribuído aos produtos que contemplem seis critérios. "A localização da empresa ou do artesão; o contexto de inovação; a matéria-prima usada; a forma como é comercializado; se está ou não relacionado com as tradições; e de que forma é estabelecido o ponto de venda", esclarece.
Até junho de 2021, o município compromete-se a fazer este levantamento e a iniciar uma campanha de promoção "através das redes sociais e da atribuição do selo". A responsável indica ainda que vai ser feito "um guia em formato digital" que poderá servir para os artesãos publicitarem os seus artigos.
Além do município de Góis, também a Câmara Municipal do Sabugal vai apostar nos circuitos curtos, numa lógica de promoção da qualidade da produção local. O objetivo é desenvolver o projeto Smart Farmer Beira Interior, uma plataforma digital que vai facilitar o acesso ao mercado por parte dos pequenos agricultores. Ao mesmo tempo, a iniciativa vai ao encontro da intenção de muitos consumidores, individuais e coletivos, de adquirir produtos alimentares saudáveis e de forma mais responsável e sustentada.
A região Centro conta ainda com duas entidades que têm vindo a dinamizar iniciativas que também estão contempladas no pacto da CCDRC. A Associação Casa da Esquina, em Coimbra, tem o grupo "Horta na Cidade", em que as pessoas consomem diretamente hortícolas de produtores locais, promovendo o consumo responsável e a sustentabilidade dos recursos. Já a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões vai constituir um plano de ação para a valorização e promoção das relações urbano-rurais. A entidade pretende renovar e melhorar a atratividade dos mercados locais e desenvolver sistemas alimentares regenerativos e corredores de alimentação. Desta forma, consegue uma melhor oferta de produtos regionais frescos criados com processos de exploração e gestão sustentável dos solos.