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E, por outro lado, o consumo das famílias mudou e ainda não regressou aos níveis pré-pandemia. O investimento em inovação ficou suspenso, os projetos agrícolas e agropecuários foram adiados e a aposta no alojamento local ou hoteleiro constitui agora uma menos-valia?
A pandemia fez encolher os mercados externos e internos. No entanto, os vinhos nacionais dependem em grande medida do consumo nacional, sendo que o Douro e o Vinho do Porto não constituem aqui uma exceção. O canal Horeca, que abrange os estabelecimentos de hotelaria, restauração e cafetaria, foi particularmente fustigado pela crise desencadeada pela covid-19. A falta de turistas estrangeiros e nacionais, já para não falar das restrições impostas desde março, esvaziou de receitas um setor particularmente relevante para a economia portuguesa. Quando o canal Horeca está mal, o setor do vinho ressente-se de forma particular.
A via digital pode mitigar a crise no setor dos vinhos, reaproximando empresas de clientes antigos e novos? Talvez, mas o turismo virtual é algo que não gera receitas para a economia. O tipo de lazer duriense pode ser valioso ainda no contexto da covid-19, uma vez que é uma alternativa válida ao turismo de massas? Como resolver a encruzilhada estratégica que esta pandemia criou? A economia do Douro e do Vinho do Porto será capaz de se reinventar, de resistir e de regressar com maior consistência num cenário pós-pandémico?
A conferência foi transmitida em direto nos sites do JN, da TSF e no Linkedin do BPI, pode consultar o programa completo aqui.
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