Ataques informáticos em Portugal: "Números são assustadores e aumentaram claramente"

A garantia é do advogado Gonçalo Namora. A pandemia agravou a situação e deixou as empresas mais vulneráveis. "Não tenho conhecimento de nenhuma pessoa singular que se tenha conseguido identificar", confessa à TSF.

O caso da Vodafone que, na segunda-feira, foi alvo de um ataque informático, é o mais recente ataque informático a afetar uma empresa portuguesa. Gonçalo Namora, advogado que tem defendido empresas lesadas por ataques cibernéticos, alerta que os casos têm aumentado porque as empresas estão "mais frágeis". Identificar os autores de crimes informáticos continua a ser tarefa complicada.

No final de janeiro, o Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República divulgou que as queixas por cibercrimes duplicaram em 2021. O dado voltou esta terça-feira a ser sublinhado por Gonçalo Namora, em conversa com a TSF, para comentar o caso da Vodafone.

A empresa foi alvo de um ataque na segunda-feira e os telemóveis estão incontactáveis e internet móvel inacessível. Já antes tinha sido o Grupo Confina e Impresa. Casos após casos que não deixam surpreendido Gonçalo Namora. O advogado afirma que as queixas já sobem desde 2019 e que com a pandemia aumentaram.

"Deixou de haver a organização física. Tivemos de passar todos os serviços, mesmo as organizações que não estavam preparadas para isso, tiveram de abrir alguma porta ao exterior, via internet. (...) Há riscos e as participações são assustadoras", confessa

Identificar os autores dos crimes informáticos e Gonçalo Namora é difícil, o que se consegue "é identificar os titulares das contas bancárias"

O advogado alerta para a necessidade de haver formação, para cada trabalhador estar mais preparado para lidar com ataques informáticos. . "Todos nós pudemos ser uma porta de entrada na nossa organização", acrescenta.

Gonçalo Namora afirma que "estes grupos criminosos, que atuam online, estão cada vez mais evoluídos, são cada vez mais. Têm verdadeiros investimentos neste tipo de ataques" e, por isso, "estão em constante atualização". Para quem tenta proteger uma organização, defende o advogado, também deve haver permanente atualização e formação de profissionais.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de