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O mais recente satélite meteorológico da Europa, o Meteosat Third Generation Imager (MTG-I1) ou Meteosat-12, divulgou na quinta-feira as primeiras imagens da Terra, revelando, assim, as condições meteorológicas na Europa, em África e no Atlântico.
A nave espacial, que fica a 36 mil quilómetros da superfície da Terra, foi lançada em dezembro do ano passado e é considerado o primeiro satélite de uma nova geração que tem como objetivo "revolucionar a previsão do tempo" na Europa.
A imagem agora revelada foi captada a 18 de março e mostra grande parte do Norte e Oeste da Europa e da Escandinávia coberta de nuvens, com céus relativamente claros sobre a Itália e as Balcãs Ocidentais.
"Esta imagem é um grande exemplo do que a cooperação europeia no espaço pode alcançar. O nível de detalhe da imagem do MTG-I1 dá-nos uma maior compreensão do nosso planeta e dos sistemas climáticos que o moldam. A imagem representa não só o que pode ser alcançado através da experiência europeia, mas também a nossa determinação em garantir que os benefícios da nova tecnologia são sentidos pelas comunidades na Europa e fora dela", afirma, em comunicado, a diretora dos Programas de Observação da Terra da ESA, Simonetta Cheli.
A nova imagem revela também um "maior nível de detalhe das estruturas das nuvens em altas latitudes". "Isso permitirá que as previsões meteorológicas monitorem a evolução do clima severo em rápido desenvolvimento com mais precisão naquela região", explica a ESA.
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"Pode parecer estranho estar tão animado com um dia nublado na maior parte da Europa. Mas o nível de detalhe visto nas nuvens nesta imagem é extraordinariamente importante para os meteorologistas. Este detalhe adicional das imagens de alta resolução, juntamente com o facto de que as imagens serão produzidas com mais frequência, significa que os meteorologistas poderão detetar e prever eventos climáticos severos com mais precisão e rapidez", sublinha Phil Evans, diretor-geral da Eumetsat.
Os dados do satélite Meteosat-12 serão divulgados aos serviços meteorológicos mundiais até ao final de 2023 para que passem a ser usados em previsões meteorológicas.