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Poucas horas depois do lançamento, a Crew Dragon estava já a 585 quilómetros de altitude em relação à Terra, revelou a SpaceX na rede social Twitter. A previsão inicial era de 575 kms, mesmo assim bem acima da Estação Espacial Internacional, que anda, habitualmente, nos 400.
Liftoff of @Inspiration4X! Go Falcon 9! Go Dragon! pic.twitter.com/NhRXkD4IWg
Second phasing burn complete. Dragon and the @inspiration4x crew have reached a circular orbit of 585km - a new Dragon altitude record
View from Dragon"s cupola pic.twitter.com/Z2qwKZR2lK
A bordo, não está nenhum astronauta profissional. Os tripulantes da missão "Inspiração 4" são pessoas comuns, mas, ao contrário dos simples turistas espaciais, vão fazer uma série de experiências relacionadas com o corpo humano e é a eles que compete resolver qualquer emergência que possa surgir enquanto estão em órbita. Para isso, fizeram treino intensivo durante os últimos seis meses.
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Ao longo desse tempo, os quatro aprenderam que a cápsula da SpaceX onde vão viver nos próximos três dias é totalmente automática. Rui Moura, professor e investigador da Universidade do Porto, explica que, nestes seis meses de treino para a missão, o fundamental foi mesmo ensaiar situações de emergência.
Ouça aqui a entrevista completa com o investigador Rui Moura sobre a missão "Inspiração 4"
São quatro os elementos desta primeira tripulação espacial completamente civil: Jared Isaacman é um multimilionário de 38 anos, dono da maior coleção privada de aviões de guerra e o autor do projeto; Sian Proctor, uma professora de geociências; Chris Sembroski, um engenheiro de dados; e Hayley Arceneaux, uma enfermeira de 29 anos, sobrevivente de cancro infantil e a primeira pessoa com uma prótese a viajar para o espaço. Arceneaux é também a mais jovem astronauta norte-americana de sempre.
Um dos principais objetivos da missão "Inspiração 4" é angariar 200 milhões de dólares para um centro de investigação do cancro nas crianças, o Saint Jude's Children"s Research Hospital, em Memphis, no Tennessee. Foi nesse hospital que Hayley Arceneaux foi tratada, depois do diagnóstico de cancro nos ossos, aos 10 anos, e é lá que trabalha, desde 2019, como enfermeira.
