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O combate à Covid-19 pode surgir com ideias a partir do espaço. Está aberto o concurso Copernicus Masters, organizado pela AZO - Space of Innovation e pela Agência Espacial Europeia que, em Portugal, está representada pelo Instituto Pedro Nunes, em Coimbra.
O desafio está lançado para empresas nacionais, instituições científicas ou mesmo cidadãos a título individual. O objetivo é que proponham as suas ideias ao concurso Copernicus Masters para encontrar no espaço respostas para a Covid-19. As candidaturas estão abertas até 30 de junho e a entrega dos chamados "Óscares do espaço" deve acontecer em novembro.
Todos estão desafiados a procurar soluções para a Covid-19 a partir do espaço. Depois da ideia em mãos, o caminho a seguir é a candidatura ao Copernicus Masters. "A edição deste ano lança este desafio suplementar. Desafia a comunidade a encontrar soluções para questões sociais usando os dados de observação da terra e colocado todo o potencial que está encerrado nestes dados de observação da terra", explica Carlos Cerqueira, do IPN - O Instituto Pedro Nunes - em Coimbra.
As respostas podem surgir em áreas "mais imediatas como a questão das aglomerações, que sabemos que podem ajudar à propagação da doença", mas até mesmo em outras situações menos óbvias como o estudo das cadeias de logística.
Concurso à parte, o satélite Copernicus já foi útil durante a situação de pandemia, pois permitiu aquando do fecho das fronteiras que várias autoridades europeias pudessem resolver problemas de engarrafamentos logísticos no espaço Schengen.
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A entrega de prémios dos "Óscares do Espaço" é em novembro. Em anos anteriores houve empresas portuguesas que ganharam a competição internacional do Copernicus Masters. A Space Layer Technologies, em 2017 numa das categorias do concurso com um projeto que utiliza dados de observação da Terra para fornecer alertas sobre a qualidade do ar das cidades a pacientes com doenças respiratórias, através de uma aplicação para smartphone.
Em 2018, a CybELE venceu o prémio principal da competição com uma tecnologia que recorre às imagens de satélite para ser mais fácil identificar crimes ambientais.
E, no ano passado, a Theia foi premiada numa das categorias com uma aplicação que permite monitorizar o estado de infraestruturas rodoviárias através de dados de satélite, como por exemplo os taludes nas autoestradas.
Para além disso, as ideias vencedoras podem vir a receber parcerias de entidades como a Agência Espacial Europeia ou de empresas como a Airbus.
