Telescópio da NASA mostra luz oculta do Sol e pode ajudar a desvendar um dos maiores mistérios do astro

Com a nova imagem divulgada pela NASA, os cientistas poderão perceber o porquê de a coroa do Sol atingir temperaturas superiores a um milhão de graus, ou seja, cem vezes mais do que a superfície.

Num dia soalheiro, os olhos humanos não são capazes de ver toda a luz que o Sol emite. Mas, numa nova imagem captada pelo telescópio NuSTAR, da NASA, é possível observar-se parte dessa luz oculta, incluindo os raios X de alta energia emitidos pelo material mais quente da atmosfera do Sol.

A imagem do NuSTAR poderá ajudar os cientistas a desvendar um dos maiores mistérios sobre o Sol: o porquê de a sua atmosfera externa - a coroa - atingir temperaturas superiores a um milhão de graus: pelo menos cem vezes mais quente do que a superfície.

"É como se o ar ao redor do fogo fosse 100 vezes mais quente do que as chamas", explica a NASA.

De acordo com a agência espacial norte-americana, o calor da coroa pode ter como fontes as pequenas erupções na atmosfera do Sol, as chamadas "nanoflares". As "flares" são "grandes explosões de calor, luz e partículas visíveis". Já as "nanoflares" são "eventos muito menores, mas ambos produzem material ainda mais quente do que a temperatura média da coroa".

Embora as "nanoflares" individuais sejam muito fracas para serem observadas à luz do Sol, o telescópio NuSTAR consegue "detetar a luz do material de alta temperatura, que se acredita que seja produzido quando um grande número de nanoflares ocorre próximo um do outro".

"Essa habilidade permite que os físicos investiguem a frequência com que ocorrem as nanoflares e como elas libertam energia", sublinha a NASA.

O NuSTAR foi lançado a 13 de junho de 2012 com o objetivo de observar os objetos celestes mais quentes, densos e com maior carga energética.

O instrumento será o primeiro do género capaz de criar imagens cósmicas a partir de raios X de alta energia, os mesmos que são usados na medicina para se ver o esqueleto humano ou nos aeroportos para se inspecionar as bagagens.

O NuSTAR produzirá imagens com uma grande resolução, permitindo captar os buracos negros e estrelas com neutrões "nidificados" na Via Láctea.

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