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Os primeiros ensaios realizados em crianças africanas mostraram 77% de eficácia. Um resultado que supera os 75% exigidos pela OMS e que ultrapassa em muito os 55% da vacina mais eficaz, antes desta.
Ao longo de um ano, os investigadores seguiram 250 crianças no Burkina Faso. Dividiram-nas em dois grupos. Um deles recebeu uma pequena dose; o outro, uma quantidade maior da vacina. No primeiro grupo, o sucesso atingiu os 71%; no segundo os 77%.
Concluída esta primeira fase, a vacina vai agora ser testada num grupo mais alargado de crianças: são perto de 5 mil, têm idades entre os cinco meses e os três anos e vivem noutros quatro países africanos.
Os cientistas de Oxford estão animados com a vacina contra a malária. A doença atinge milhões de pessoas em África.
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Esta vacina contra a malária começou a ser desenvolvida em 2019, muito antes do aparecimento do coronavírus. Pelo meio, e em muito menos tempo, a equipa de Oxford conseguiu ter pronta uma vacina para a Covid, a da Astrazeneca. Um dos investigadores explica que isso aconteceu porque o coronavírus só tem uma dúzia de genes e a malária tem milhares.
Daí que seja muito mais complicado encontrar uma vacina para esta doença. Mas, agora, os cientistas acreditam que esta vacina pode ter um forte impacto na saúde pública e constituir um passo muito importante no combate à doença.
A malária é causada pela picada de um mosquito. A doença atinge principalmente os países africanos e só em 2019, afetou quase 230 milhões de pessoas e matou mais de 400 mil.