Campo de refugiados de Moria parece um cenário de guerra

Mais de 90 tendas e dúzias de abrigos prefabricados ficaram reduzidos a cinzas no campo de refugiados de Moria, na ilha grega de Lesbos.

Não há registo de feridos, mas o incêndio destruiu o campo quase na totalidade, incluindo contentores onde estavam a decorrer os processos de registo e onde eram prestados cuidados de saúde.

Milhares de pessoas serão agora abrigadas em dois ferryboats, destacados pelo governo grego para servirem de abrigo temporário, até ser encontrada uma alternativa para alojamento. Cerca de 150 menores estão entregues a uma "Children's Village", uma associação de apoio a crianças que atua na ilha.

O ministro para a Proteção dos Cidadãos da Grécia, Nikos Toskas, lembrou que a ajuda externa é vital para enfrentar o problema: "Os europeus têm de nos enviar ajuda real, e não cinco cobertores a que chamam "ajuda internacional"", disse numa rádio grega, numa intervenção em que acusou as organizações não-governamentais de não fazerem uma boa gestão dos fundos que lhes foram atribuídos pela União Europeia para a questão dos refugiados.

Há atualmente na Grécia mais de 60.000 refugiados e migrantes que esperam conseguir alcançar a Alemanha e outros países do norte da União Europeia, objetivo que pode não se concretizar, depois de vários países balcânicos e do leste europeu terem encerrado as suas fronteiras, no início deste ano.

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