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Perante a crescente insegurança em Moçambique, agravada pela escassez de água e comida, os portugueses na cidade da Beira propõem o envio de força militar portuguesa para defender a comunidade nacional no local.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, esteve reunido esta manhã com alguns dos portugueses afetados pelas induções no centro de Moçambique e ouviu críticas dirigidas ao Estado português.
O consulado de Portugal em Moçambique e o próprio cônsul são os principais visados, conta a jornalista da TSF Dora Pires, enviada da TSF a Moçambique.
A comunidade portuguesa entregou a José Luís Carneiro uma lista de exigências, queixando-se de falta de apoio depois de o cônsul, cuja casa também ficado inabitável com a passagem do ciclone Idai, se ter refugiado num hotel da região.
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Também a falta do acesso a um telefone de satélite que permitisse entrar em contacto com os familiares em Portugal depois da tempestade e consequente falha das comunicações foi alvo de críticas.
Fazem falta também medicamentos e dinheiro vivo.
Há pelo menos cinco portugueses a sofrer sérias carências alimentares, são a prioridade do governo português, diz José Luís Carneiro.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas também está atento à situação de trinta portugueses que estão desaparecidos na Beira.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, já provocou pelo menos 217 mortos, segundo o último balanço do governo moçambicano. Há ainda 15 mil pessoas à espera de serem resgatadas.
O Programa Alimentar Mundial calcula que pelo menos 400 mil pessoas precisam de ajuda alimentar urgente.
Pedro Matos, responsável pelo programa em Moçambique, diz que "toda a ajuda é bem-vinda".
Para piorar a situalção, há barragens no limite que têm de ser descarregadas.