O parlamento regional da Catalunha aprovou a declaração unilateral da independência, com 70 votos a favor. Dez deputados votaram "não" e houve ainda dois votos em branco na votação secreta em urna, num parlamento de 135 deputados.
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Ainda antes da votação, os deputados do Ciudadanos, do Partido Socialista da Catalunha e do Partido Popular terem abandonado o hemiciclo, deixando bandeiras de Espanha nos lugares vazios.
A jornalista Cláudia Arsénio descreve a votação à independência
"Constituímos a República catalã como Estado independente soberano, democrático e social", afirma a moção, apresentada pela coligação de partidos independentistas Junts pel Si (JxSí, Juntos pelo Sim) e pela Candidatura de Unidade Popular (CUP, extrema-esquerda separatista).
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Milhares de pessoas festejaram a decisão nas ruas
Puigdemont antecipa horas difíceis
"Demos um passo pelo qual lutámos muito, para validar um mandato das urnas. Cidadãos da Catalunha, vêm aí horas em que todos teremos de manter o pulso deste país, a partir da paz", afirmou Carles Puigdemont nas escadarias do parlamento.
Neste espaço concentram-se 200 presidentes de câmara da Catalunha, que depois de ouvir o líder catalão cantaram Els Segadors, o hino regional que também foi entoado no parlamento.
Rajoy promete repor "legalidade"
No Twitter, Mariano Rajoy já reagiu ao 'sim' à independência pedindo "tranquilidade a todos os espanhóis" e garantindo que "o Estado de Direito vai restaurar a legalidade" na Catalunha.
O primeiro-ministro espanhol agendou de imediato um Conselho de Ministros extraordinário para as 19h (18h em Portugal continental). Será votada a aplicação das medidas acordadas para a Catalunha no âmbito do artigo 155, que o Senado já aprovou.
Este artigo prevê a suspensão da autonomia e a destituição dos dirigentes independentistas caso um governo regional de Espanha quebre as regras da Constituição ou coloque em causa o interesse geral espanhol.