A decisão colocou um ponto final a um processo que se prolongou por nove meses e dividiu o país com argumentos jurídicos e políticos. Dos 81 senadores brasileiros, 61 votaram "sim" e 20 votaram "não". Não houve abstenções.
Relacionados
Destituição foi constitucional, defende Michel Temer na ONU
Dilma Rousseff foi condenada por ter assinado três decretos de créditos suplementares em 2015 sem autorização do Congresso e por ter usado dinheiro de bancos públicos em programas do Tesouro, realizando manobras contabilísticas, as popularmente chamadas "pedaladas fiscais".
Os senadores realizaram uma segunda votação sobre a perda dos direitos políticos. Nesta votação, 42 votaram a favor, 36 contra e houve três abstenções.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
O resultado permite a Dilma Rousseff manter os direitos políticos, podendo mesmo recandidatar-se nas próximas eleições, e a possibilidade de exercer cargos públicos.
Se este dispositivo fosse mantido na segunda votação, Dilma Rousseff seria impedida de exercer qualquer função pública durante oito anos.
Dilma Rousseff tornou-se a primeira Presidente deposta no Brasil depois do fim do regime militar na década de 1980. Antes dela, o ex-Presidente Fernando Collor de Mello foi indiciado num processo semelhante em 1992, mas renunciou pouco antes da votação do impeachment (destituição).
A Presidência fica agora nas mãos de Michel Temer até às eleições presidenciais de 2018.