"A gravidez é um problema que dura só nove meses." As palavras da futura ministra de Bolsonaro

Pastora evangélica e advogada, a nova ministra Damares Alves salientou que o seu ministério não vai tratar do tema aborto e tratará apenas de assuntos relacionados com a vida.

Damares Alves, a futura ministra da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos no futuro Governo brasileiro, liderado por Jair Bolsonaro, afirmou na quinta-feira que a gravidez é "um problema que dura só nove meses", assumindo-se contra o aborto.

"Se a gravidez é um problema que dura só nove meses, o aborto é um problema que caminha a vida inteira com a mulher", declarou Damares Alves à imprensa após uma reunião com o Presidente eleito, em Brasília, capital do país.

"Essa pasta não vai lidar com o tema aborto, vai lidar com a proteção de vida e não com morte", disse Dalamares Alves, segundo o site de notícias G1.

"Eu sou contra o aborto. Nenhuma mulher quer abortar. Elas chegam até ao aborto porque, possivelmente, não lhes foi dada nenhuma outra opção" considerou.

Indicada na quinta-feira para o Governo de Bolsonaro, Damares Alves torna-se na segunda mulher a integrar o executivo do Presidente eleito, depois de a deputada federal Tereza Cristina ficar com o Ministério da Agricultura.

Em março passado, Damares Alves, durante uma entrevista concedida ao site Expresso Nacional, declarou que a mulher "nasceu para ser mãe", aquele que é o seu "papel mais especial", defendendo ainda que se "preocupa com ausência da mulher de casa".

Damares Alves, que é também assessora do senador Magno Malta, informou que terá como uma das suas prioridades neste novo Governo "combater a violência", inclusive contra a comunidade LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgénero).

"Se necessário, estarei nas ruas com as travestis, na porta das escolas com as crianças que são discriminadas", afirmou a nova ministra, acrescentando que apesar de "o tema LGBT ser muito delicada", mantém uma "boa relação" com os referidos movimentos.

As declarações da futura governante diferem das do Presidente eleito, que chegou mesmo a dizer que preferia que um filho seu morresse num acidente do que ser 'gay'.

Jair Bolsonato, ex-comandante do Exército, já definiu 21 dos 22 ministérios do seu executivo, faltando apenas anunciar o titular do Ministério do Meio Ambiente.

O Governo de Bolsonaro toma posse no próximo dia 1 de janeiro.

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