Bolsonaro quer despedir funcionários com "ideias socialistas e comunistas"

Intenções do governo liderado por Bolsonaro foram dadas a conhecer por Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil.

O Governo do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, vai rever toda a estrutura da administração pública e demitir os funcionários que defendem ideias "comunistas", informou esta quinta-feira o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A decisão foi tomada esta quinta-feira, em Brasília, na primeira reunião de Jair Bolsonaro, empossado como Presidente da República na terça-feira, com os seus 22 ministros.

O ministro brasileiro anunciou a demissão de 300 funcionários com contratos temporários de trabalho no executivo, alegando que "não faz sentido ter um Governo como o que temos agora, formado por pessoas que defendem outras ideias ou outra forma de organização da sociedade". Citado pela Veja , Lorenzoni disse aos jornalistas que estas demissões são parte do esforço do novo governo para "acabar" com "ideias socialistas e ideias comunistas", que nas suas palavras levaram o país "ao atual caos".

Lorenzoni explicou que esta questão foi abordada na reunião que Bolsonaro teve esta quinta-feira com seu Conselho de Governo, que inclui os titulares dos 22 ministérios, e que será aplicado em todos os setores da administração pública.

Lorenzoni destacou ainda que os "critérios" para decidir sobre a situação dos funcionários também serão "técnicos" e que ainda irão definir se os cargos dos funcionários demitidos serão preenchidos novamente ou se serão extintos.

Na reunião, Bolsonaro e os seus ministros decidiram que cada área do Governo brasileiro vai fazer um inventário de imóveis para realizar uma futura venda dos que não são necessários.

"A primeira informação diz que o Estado tem cerca de 700 mil propriedades em todo o país, o que causa imensos custos de manutenção", afirmou Lorenzoni.

O ministro da Casa Civil acrescentou que o novo Governo identificou que há ministérios que, apesar de terem os seus próprios imóveis, ainda "alugam outros espaços", o que "não faz sentido", aumentando desta forma o gasto público "que o Presidente Bolsonaro está determinado a reduzir".

Lorenzoni insistiu que todas essas decisões serão tomadas com critérios "absolutamente técnicos", como Bolsonaro defendeu durante a campanha eleitoral.

"Como diz o capitão [Bolsonaro], estamos aqui para servir a sociedade e não as ideologias", concluiu o ministro da Casa Civil.

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