O telefonema da polémica entre Dilma Rousseff e Lula da Silva
A presente conversa foi gravada pela Polícia Federal com autorização judicial no dia 4 de março, quando Lula da Silva prestou depoimento na Polícia Federal, no âmbito da 24ª fase da Operação Lava Jato.
A sua divulgação para o público foi autorizada esta quarta-feira pelo juiz brasileiro Sérgio Moro, que lidera o grupo responsável pelas investigações de corrupção na Petrobras, sob a argumentação de que as buscas e diligências envolvendo Lula já haviam sido feitas.
Moro diz que os diálogos sugerem que Lula desconfiava de que as suas conversas telefónicas estavam a ser intercetadas pela Polícia Federal, comprometendo a espontaneidade e a credibilidade das conversas.
Segundo vários órgãos de comunicação brasileiros, o magistrado adianta que, em algumas das conversas registadas, fala-se de uma aparente tentativa de influenciar o Ministério Público a favor de Lula sem que, no entanto, existam indícios de que foram levadas a cabo.
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Nas gravações divulgadas esta quarta-feira, para além do diálogo sobre o documento que garante imunidade a Lula, mas que só deveria ser assinado "em caso de necessidade", Lula também fez duras críticas ao juiz Moro e aos investigadores da Lava Jato.
Lula da Silva acusa o juiz Moro de querer fazer "fazer um espetáculo de pirotecnia". "Nós temos uma suprema corte totalmente acovardada e um parlamento totalmente acovardado. Temos um presidente da Câmara e do Senado fodidos e parlamentares ameaçados, pensando que vai acontecer um milagre e todo mundo vai se salvar. Estou assustado com a República de Curitiba [de Sérgio Moro]", diz Lula na gravação.