Para o Hamas, considerado um grupo terrorista pela União Europeia, como também por Israel e pelos Estados Unidos, "Shimon Peres era um dos últimos fundadores israelitas da ocupação".
Relacionados
Marcelo sobre Shimon Peres: "Paladino da Paz e da Concórdia"
"O povo palestiniano está feliz com a morte deste criminoso", declarou hoje um porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza. "A sua morte marca o fim de uma era na história da ocupação israelita", declarou Sami Abu Zuhri à agência de notícias francesa France Presse.
A Autoridade Palestiniana reagiu, por intermédio do presidente Mahmoud Abbas, que apelidou Shimon Peres de "corajoso parceiro pela paz".
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
No entanto, horas antes, uma antiga porta-voz da Autoridade Palestiniana, Diana Buttu, tinha colocado um post nas redes sociais com uma visão bem diferente: "Peres era um criminoso de guerra sem remorsos. O revisionismo da história não vai funcionar", escreveu a antiga dirigente.
Considerado em várias partes do mundo como um elemento que contribuiu para a paz, muitos palestinianos olham para a história de Shimon Peres de forma muito diferente, acusando-o de ser uma figura central nas sucessivas guerras israelo-árabes e na política de ocupação dos territórios palestinianos.
Peres era também primeiro-ministro quando, em 1996, mais de 100 civis morreram na aldeia libanesa de Qana na sequência de bombardeamentos das forças israelitas. Os civis tinham procurado refúgio numa base das Nações Unidas.
O ex-presidente de Israel e Nobel da Paz Shimon Peres morreu hesta quarta-feira, por volta das 03:00 (01:00 em Lisboa).