Harvey Weinstein entregou-se às autoridades, esta sexta-feira, na esquadra da polícia de Nova Iorque, na sequência das acusações de crimes sexuais de que foi alvo ao longo de vários meses.
O norte-americano de 66 anos foi presente a um juiz e, de seguida, saiu em liberdade com pulseira eletrónica, depois de pagar uma caução de um milhão de dólares, ficando proibido de sair dos estados de Nova Iorque e Connecticut.
Harvey Weinstein, um dos fundadores das produtoras de cinema Miramax e The Weinstein Company, foi alvo de denúncias por mais de 70 mulheres, que o acusam de crimes de assédio e abusos sexuais e até mesmo de violação, ao longo de várias décadas.
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As denúncias deram origem a um escândalo em Hollywood, com o surgimento de muitos outros nomes do mundo do cinema, como o ator Kevin Spacey e o comediante Louis C.K., suspeitos de assédio e agressões sexuais. A crescente vaga de denúncias levou à criação do movimento "Me Too", que foi vencedor do prémio de Personalidade do Ano 2017 da revista Time.
Depois dos primeiras relatos de crimes sexuais, em outubro passado, o produtor foi banido de várias associações, incluindo a Academia de Cinema dos Estados Unidos, que atribui os Óscares.
Weinstein respondeu em tribunal por ter violado uma mulher e ter forçado uma outra a realizar sexo oral, de acordo com o jornal The New York Times, crimes que, até ao momento, foram negados pelo produtor de cinema.
Notícia atualizada às 15h20, com medidas aplicadas a Harvey Weinstein