Em São Paulo, a manifestação contará com a participação do próprio Lula da Silva, de acordo com a Central Única de Trabalhadores (CUT), que apoia as manifestações.
A Frente Brasil Popular, que reúne mais de 60 organizações, encabeça a convocatória, que tem o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT), no poder, da CUT e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
"Temos um grande desafio: chegar às ruas em todo o país, no dia 18, na sexta-feira, em defesa da democracia, dos presidentes Lula e Dilma, contra o golpe e por mudanças na economia", afirmou o presidente do PT, Rui Falcão, assinalando que ninguém pode faltar à convocatória.
Lula da Silva está a ser investigado no caso de corrupção na petrolífera estatal Petrobras, tendo sido acusado formalmente de crimes de branqueamento de dinheiro e falsificação de documentos.
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O Ministério Público de São Paulo pediu a sua prisão preventiva, pedido que deverá ser analisado por um juiz.
Com a nomeação para ministro da Presidência, o ex-Presidente brasileiro passa a gozar de alguma imunidade jurídica, com as investigações a poderem apenas ser conduzidas pelo Supremo Tribunal.
Um juiz de Brasília determinou hoje, no entanto, a suspensão cautelar da sua nomeação.
Presidente notificada do início do seu processo de destituição
A presidente brasileira, Dilma Rousseff, foi notificada no final da tarde (noite de quinta-feira em Portugal) sobre a abertura do processo de destituição ('impeachment') de que é alvo.
Como havia sido anunciado logo após a aprovação do nome dos elementos da comissão especial, a notificação do início do processo foi entregue no Palácio do Planalto pelo primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Beto Mansur, do Partido Social Democrático (PSD).
O deputado também entregou o texto na íntegra do pedido de 'impeachment' apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior, que motivou o início do processo e a formação de uma comissão.
Na tarde de hoje, o congresso aprovou uma lista de 65 deputados federais indicados pelos líderes dos 24 partidos com assento parlamentar.
A comissão funcionará até um máximo de quinze sessões no plenário da Câmara. Destas, dez sessões serão destinadas à apresentação da defesa da Presidente Dilma e outras cinco para a votação do relatório dos parlamentares.
O pedido de destituição baseia-se na acusação de que a presidente brasileira realizou "pedaladas fiscais" ao autorizar adiantamentos de dinheiro realizados por instituições financeiras, a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, como manobras para mascarar, momentaneamente, as contas públicas.