"As informações analisadas pela comissão confirmam que o bombardeamento" da estação de distribuição de água em Wadi Barada, localidade rebelde situada a cerca de 15 quilómetros da capital síria, "foi efetuado pelas forças aéreas sírias", segundo um documento da comissão que foi entregue ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas.
A mesma comissão rejeitou a versão avançada pelo regime liderado pelo Presidente Bashar al-Assad de que a estação de água tinha sido contaminada pelas forças da oposição.
"Não há qualquer relato sobre pessoas com sintomas relacionados com a contaminação da água até 23 de dezembro", dia em que ocorreu o bombardeamento, indicou o relatório da comissão de inquérito.
"Os bombardeamentos aéreos" realizados nessa altura pelo regime de Damasco "danificaram fortemente a estação de distribuição" e "privaram de água potável mais de cinco milhões de pessoas", denunciou a comissão.
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"Embora tivessem combatentes de grupos armados perto da estação de água no momento do ataque, a vantagem militar adquirida através do ataque foi excessivamente desproporcional ao impacto que teve sobre a população civil" e "equivale a um crime de guerra", concluíram os investigadores da ONU.
Em finais de janeiro, o exército sírio tomou o controlo da região de Wadi Barada, que tinha perdido em 2012. Esta zona é crucial para o fornecimento de água da capital síria.
Após seis anos de conflito, a guerra civil na Síria já fez mais de 320.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados. O conflito sírio teve início em meados de março de 2011.