Até ao final de março de 2017, o Reino Unido vai dar início ao processo de saída da União Europeia.
O prazo foi definido pela chefe do governo de Londres.
Em declarações à BBC, a chefe do governo do Reino Unido apresentou pela primeira vez um calendário concreto sobre as futuras negociações para a saída britânica do bloco europeu. A data vai ser anunciada no congresso dos conservadores que começa, este domingo, em Birmingham.
A propósito do congresso anual do Partido Conservador britânico, que começa hoje em Birmingham, no centro do país, May disse que vai informar o partido sobre esta decisão, que surge na sequência da vitória do voto contra no referendo de 23 de junho.
Theresa May diz que Brexit avança até ao final de março de 2017
"Vou dizer no meu discurso hoje que vamos ativar o artigo 50 até ao final de março do próximo ano" Questionada sobre o que acontecerá assim que o Reino Unido ativar o artigo em questão, Theresa May respondeu que "depois cabe à União Europeia. Os restantes Estados-membros da União têm de decidir como vai ser o processo de negociação. Eu espero que agora que conhecem os nossos prazos, não é um dia exato mas será no primeiro trimestre do ano, que consigamos ter algum trabalho preparatório para que assim que o processo comece, a negociação corra tranquilamente".
Nesta entrevista, Theresa May reafirma, ainda, que Londres quer manter algumas leis europeias, depois do Brexit, nomeadamente, no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores e ao ambiente. No entanto, há outras matérias nas quais não poderá ceder.
"No referendo de 23 de junho, para além da vontade de sair da União Europeia, houve também uma mensagem clara dos britânicos de que querem que o governo controle o movimento de pessoas que chegam ao Reino Unido. Vamos cumprir essa vontade".
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Sobre o que pode ser negociado, May afirma que "queremos negociar o que acreditamos que será o melhor acordo para os britânicos quando deixarmos a União Europeia. Tem a ver com questões como o comércio de bens e serviços. Por isso não se trata de seguir um modelo ou outro. Vamos mesmo discutir o que é que é o melhor para o Reino Unido e vamos consegui-lo", referiu a primeira-ministra britânica à BBC.