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Uma deputada eleita pelo PSL (partido que apoiou Jair Bolsonaro) no estado de Santa Catarina abriu um canal informal de denúncias, logo após a vitória eleitoral de Bolsonaro, com o objetivo de fiscalizar professores, conta o jornal brasileiro Estadão.
Numa publicação no Facebook, a deputada Ana Caroline Campagnolo justifica a decisão precisamente com o facto de Bolsonaro ter sido eleito: "Amanhã é o dia em que os professores e doutrinadores estarão inconformados e revoltados."
A deputada acrescentou também que "muitos deles não conterão a sua ira e farão da sala de aula um auditório cativo para as queixas político-partidárias ou ideológicas."
Ana Caroline Campagnolo pede ainda aos alunos que usem todos os meios para denunciar os professores.
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"Alunos que sentirem os seus direitos violados podem usar gravadores ou câmaras para registar os factos", garantindo que as imagens não serão divulgadas. Campagnolo pede que as informações lhe sejam enviadas para o telemóvel, indicando o nome do docente, da escola e da cidade.
Esta deputada, conta o jornal Estadão, processou em 2016 uma professora, Marlene de Fáveri, da Universidade do estado de Santa Catarina e sua ex-orientadora no mestrado, por suposta "perseguição ideológica". Segundo o mesmo jornal, o caso foi julgado improcedente em setembro, mas Ana Caroline Campagnolo recorreu da decisão.