"Lamentamos o encerramento, que vai prejudicar muito as pessoas que ali moram, pois vai retirar um serviço de proximidade. As nossas pessoas com mais idade, que recebem ainda pensões e reformas através de vale postal dos CTT, era ali que iam levantar as pensões", sublinhou Miguel Coelho, em declarações à agência Lusa.
O autarca, eleito pelo Partido Socialista, afirmou só ter "a lamentar e a protestar com esta decisão".
Miguel Coelho disse que o posto dos CTT do Socorro servia a população da freguesia de Santa Maria Maior, mas também habitantes de freguesias vizinhas.
"Da minha freguesia, tenho uma população na zona de cerca de 4.000 pessoas, mas acredito que uma faixa significativa utilizasse aquela estação para este tipo de serviços [levantar pensões e reformas]. Mas a estação era usada por pessoas de outras freguesias", afirmou o autarca.
Os CTT confirmaram a 02 de janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.
A empresa referiu que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".
Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).
A decisão de encerramento motivou já críticas de autarquias e utentes.