Governo assume baixas taxas de inclusão na educação especial e altera legislação

Portugal é ainda um país com baixas taxas de inclusão de alunos no sistema educativo, subsistindo nas escolas um número significativo de jovens com necessidades específicas em espaços físicos ou curriculares segregados, afirmou hoje o Ministério da Educação.

De acordo com o ministério, trata-se de "uma constatação" que justifica uma revisão do quadro legal em vigor, hoje aprovada, por forma a criar condições para "a construção de uma escola progressivamente mais inclusiva".

O governo aprovou hoje, em Conselho de Ministros, um novo regime legal em que defende cooperação e trabalho de equipa na "identificação de medidas de acesso ao currículo e às aprendizagens".

A promoção da relação entre o professor de educação especial e os professores da turma é um dos princípios orientadores do documento.

O Ministério da Educação frisa, em comunicado, que o objetivo é responder à "diversidade das necessidades e potencialidades de todos e de cada um dos alunos", através do aumento da participação na aprendizagem e na comunidade.

Compromete-se também com medidas de apoio e afirma que o diploma consagra as áreas curriculares e os "recursos específicos a mobilizar" para responder às necessidades educativas de todas as crianças e jovens, nas diferentes modalidades de educação e formação.

O trabalho com os alunos deverá ser definido e acompanhado por uma equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva.

O comunicado do Conselho de Ministros anuncia, por seu lado, que o decreto-lei que estabelece o regime jurídico da educação inclusiva, hoje aprovado, tem como eixo central a necessidade de cada escola reconhecer a mais-valia da diversidade dos seus alunos, "encontrando formas de lidar com essa diferença".

Deverá, assim, adequar os processos de ensino às características e condições individuais de cada aluno, "mobilizando os meios de que dispõe para que todos aprendam e participem na vida da comunidade educativa".

O Conselho Nacional de Educação (CNE) revelou em 11 de maio que via como positivo o projeto de decreto-lei sobre educação inclusiva que lhe foi remetido pelo Ministério da Educação, mas recomendou um reforço dos recursos humanos nas escolas e turmas mais pequenas.

O diploma abrange a educação pré-escolar e o ensino básico e secundário.

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