Ministério do Mar investe 153 ME em bioeconomia azul

Porto, 12 abr 2019 (Lusa) - A ministra do Mar afirmou hoje que estão a ser investidos 153 milhões de euros em bioeconomia azul e que através do programa Mar2020 são financiadas 922 operações no valor de 151 milhões de euros.

"O nosso desafio central passa por construir um modelo económico gerador de riqueza, abundância e bons empregos, e simultaneamente, que respeite a sustentabilidade ambiental e o ambiente marinho", afirmou a ministra durante a sessão de lançamento do "Roteiro de bioeconomia azul para Portugal", que decorreu hoje, no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), em Matosinhos.

Ana Paula Vitorino, que falava a propósito do lançamento do 'Roteiro de bioeconomia azul para Portugal', um guia que pretende servir de instrumento a políticas públicas e auxiliar a definir estratégias regionais, enumerou algumas das áreas e projetos que têm merecido financiamentos por parte do Ministério do Mar.

A ministra salientou o investimento no setor piscatório, com a promoção da "pesca como cultura sustentável", na bioeconomia azul no valor de 153 milhões de euros, as 922 operações financiadas pela União Europeia através do Mar2020 em 151 milhões de euros e "18 projetos de empreendedorismo inovadores" de bioeconomia azul financiados em quatro milhões de euros através do programa Fundo Azul.

"Todos estes projetos são projetos de mapeação financeira e precisam de financiamento, que funciona como semente financeira, de outra forma estes projetos não poderiam acontecer, nem começar", apontou.

Além do setor piscatório e empreendedor, a ministra sublinhou estarem também a ser apoiados, com "um financiamento adicional de cinco milhões de euros", projetos de monitorização, conservação e proteção do ambiente marinho, que, segundo a governante "terão impacto na bioeconomia azul".

"Também lançamos o Ocean Invest Portugal, uma plataforma digital de promoção dos produtos e serviços de inovação da bioeconomia azul portuguesa que estão alinhados para os objetivos sustentáveis das Nações Unidas", frisou.

Contudo, para Ana Paula Vitorino continua a ser importante falar de "comunicação", algo que acredita que apesar de "nem sempre ser fácil" é necessário que funcione "como partilha de informação e conhecimento, mas, ao mesmo tempo, impulsionando a área da ciência", dando visibilidade àquilo que está a ser desenvolvido no país.

"Pretendemos dar visibilidade às principais iniciativas dos diferentes setores da biotecnologia azul e contribuir para a execução da agenda 2020", disse, sugerindo a todos os representantes de instituições científicas presentes na sessão que se comecem a "ver como parceiros económicos".

"Queremos fazer com que o desenvolvimento de novos produtos e serviços seja economicamente eficiente, mas que também minimize a extração de recursos", referiu, concluindo que "tudo isto exige coordenação e coerência política em vários níveis de forma a criar soluções de longo prazo".

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