Passos defende alteração da lei sobre cobertura mediática das eleições
O primeiro-ministro defendeu a alteração da lei sobre a cobertura mediática das eleições, que considerou ter-se revelado «inadequada aos tempos presentes».
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Pedro Passos Coelho assumiu esta posição durante uma iniciativa de apoio ao candidato apoiado por PSD, CDS-PP e MPT à presidência da Câmara de Sintra, Pedro Pinto, no salão dos Bombeiros de Algueirão - Mem Martins, na qual também esteve o presidente dos centristas, Paulo Portas.
Na sua intervenção, o presidente do PSD apelidou a campanha para as autárquicas de domingo de «sui generis», devido ao limitado acompanhamento televisivo.
«É uma situação que eu espero sinceramente que não se volte a repetir no nosso país. E que possamos, nos casos em que a mediatização e a intermediação da comunicação social é determinante e essencial, que ela possa efetivamente estar ao serviço de escolhas informadas para os nossos concelhos», afirmou.
«Espero que isso seja possível de fazer no futuro, e que as diferenças entre os partidos não nos impeçam de alterar uma lei que se revelou não estar adequada aos tempos presentes», acrescentou o presidente do PSD.
Pedro Passos Coelho referiu que, «por mais que se procure chegar fisicamente a todos, não é possível» e descreveu as consequências do acompanhamento televisivo: «Nós temos de fazer o dobro, o triplo do esforço, dado que o principal meio que nos permite chegar às pessoas, que é a televisão, não tem condições para reportar a campanha autárquica».
«Chegámos, portanto, a esta situação 'sui generis', de estarmos na campanha autárquica a querer escolher os melhores para liderar os nossos concelhos e as notícias só poderem abranger os aspetos que não estão relacionados nem com as nossas escolhas nem com os nossos concelhos», lamentou.