Pegando na ideia de Passos que diz ser mais ambicioso que a "troika", Sócrates lançou o ataque: não é preciso impor mais sacrifícios do que aqueles que estão no memorando.
Corpo do artigo
«O que precisamos de fazer agora é cumprir o programa da "troika", cumpri-lo com responsabilidade e firmeza, mas não precisamos de ir mais além. Não precisamos de impor sacrifícios ao país e sacrifícios aos portugueses apenas para termos o deleite pessoal de realizar uma qualquer tarefa de radicalismo ideológico», afirmou, este sábado em Amarante.
O secretário-geral socialista acusou Pedro Passos Coelho de ter provocado uma crise política só para chamar o Fundo Monetário Internacional (FMI) e aplicar mais facilmente um programa de radicalismo ideológico.
Antes disso, já Francisco Assis tinha também disparado contra os sociais-democratas, a propósito da acusação de Paulo Rangel de claustrofobia democrática.
«A pessoa que está hoje em Portugal mais habilitada para falar de claustrofobia democrática é até um companheiro do Dr. Rangel, Pacheco Pereira, que pelos vistos foi corrido das listas do PSD» por ter «posições próprias» num programa de televisão, disse.
«O PSD todos os dias inventa um caso e anda a fazer uma campanha na base das insinuações», acrescentou o cabeça de lista do PS pelo Porto, concluindo que Passos «já começa a ter vergonha de alguns aspectos do seu projecto».