O grupo heavy metal Metallica tinha prometido tocar na sexta-feira o álbum homónimo, de 1991, no festival Rock in Rio Lisboa e cumpriu, num regresso a Portugal que, entre os fãs, sabe a nova celebração.
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James Hetfield, guitarrista e vocalista da banda norte-americana, já esteve várias vezes em Portugal, mas ainda assim disse estar honrado por voltar a estar entre o público português e agradeceu o cenário que encontrou: o anfiteatro natural do Parque da Bela Vista rendido.
Mais de 40 mil espetadores - segundo dados da organização - de braços no ar, sincronizados com os "riffs" das duas guitarras elétricas e com o metralhar da bateria de Lars Ulrich, acompanharam canções como "Master of Puppets" e "Seek and destroy", dois temas escolhidos fora de "Metallica", o tal "The Black Album" de 1991 que o grupo decidiu tocar na íntegra em Lisboa.
Os Metallica tocaram as canções pela ordem inversa do disco, mas isso não baralhou a audiência. Todos sabiam de cor a letra "Enter sandman", "The unforgiven", "Sad but true", "Nothing Else Matters", "Of Wolf and Man" e "Don't Tread on me".
Os quatro músicos, que estão juntos desde 1981, sabem bem para quem tocam. Repartiram-se pelo palco imponente, ocuparam a passadeira que se estendia entre o público - e que colocou em posição privilegiada um pequeno grupo de fãs na boca do palco - e mostraram que os Metallica são uma máquina eficiente, que ajudou a colocar o heavy metal no pedestal do sucesso.
A banda fechou o concerto com pirotecnia, um jogo de luzes e laser, bolas gigantes entre o público e com o tema "Seek and destroy".
O festival Rock in Rio começou esta sexta-feira. A meio da tarde, a concentração de milhares de fãs atrás das grades da entrada do parque da Bela Vista criava uma "macha negra" ansiosa. Uma hora depois, quando as portas se abriram, começou a correria para conseguir um lugar em frente ao palco.
Um trabalho de Ana Lemos com fotos de José Manuel Cabo.